A pandemia e a resistência a obedecer regras
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A pandemia e a resistência a obedecer regras

Do ponto de vista biológico, somos todos iguais : na parte frontal do cérebro onde está a região responsável pela tomada de decisões, pela moral e o respeito às regras. Mas essa é a última região do cérebro humano a amadurecer. Como ela vai se desenvolver é parte de um processo complexo de educação, formação familiar, construção social e outras influências, que não são as mesmas para todos.


É nesse emaranhado de fatores biológicos, psicológicos e sociais que residem as respostas que vieram à tona na pandemia. Por que é tão difícil para algumas pessoas respeitarem regras de prevenção e cuidado, como o uso de máscaras e distanciamento social, em meio ao maior número expressivo de casos e óbitos por Covid-19 no país? E sobretudo, por que outras pessoas acreditam que um diploma ou um cargo as eximem de obedecer normas que valem

para o resto da sociedade?


Existe outro fator que altera o comportamento humano, que se chama “ poder” , explica a biomédica Liana Guerra Sanches, coordenadora de Neurociências do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Israelita Alberto Einsten, em SP.

Segundo ela, ao lado da formação do entendimento de regras e conceitos individuais e coletivos, a sensação de poder também pode levar a diferentes caminhos de decisão. “ Não parte do cérebro a atitude de seguir regras”, diz Liana. “ Essa ação é modulada pela construção daquele indivíduo. E por isso é tão variada e difícil. Aí entram experiências, influências e

memórias”.


O comportamento se deve a uma espécie de visão narcísica sobre como o mundo deveria trabalhar para essas pessoas, que encaram as regras como uma “imposição injusta”. A ideia de narcisismo como conceito mais simples, é nomeado como o amor excessivo de uma pessoa por ela mesma. Primeiramente vale lembrar que a palavra narcisismo faz referencia a um mito e que tem como característica a arrogância. As características de personalidade incluem

opinião muito elevada sobre si mesmo , necessidade de admiração, crença de que outras pessoas são inferiores e a falta de empatia pelos outros.


O narcisismo para Freud,(neurologista e psiquiatra criador da psicanalise que surgiu em 1890) é uma fase do desenvolvimento das pessoas. É uma transição importante e necessária porque o indivíduo adquire a habilidade de conviver com aquilo que é diferente. É importante também apontar que o transtorno de personalidade narcisista é um distúrbio em que a pessoa tem uma ideia exagerada de sua própria importância. As pessoas que sofrem com esse problema geralmente acabam tendo dificuldades de se relacionar já que elas mostram irritação quando são contrariadas, além de supervalorizarem as suas opiniões. Pessoas narcisistas também demonstram incapacidade de se colocar no lugar de outra pessoa, não demonstrando empatia.


A psicoterapia é a forma de tratamento mais recomendável para esse tipo de distúrbio. Normalmente uma pessoa narcisista não irá procurar ajuda de algum profissional por causa do seu comportamento, mas sim aos problemas associados ao narcisismo como a depressão e a dependência às drogas. Siga a orientação da OMS (Organização Mundial de Saúde) quanto as medidas de higiene por um bem maio


Um abraço, Rúbia Mara de Assis – Psicóloga Humanista

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