Entende-se por família o conjunto de pessoas que possuem grau de parentesco entre si e vivem na mesma casa formando um lar. Uma família tradicional é normalmente formada pelo pai e pela mãe, unidos por matrimônio ou união de fato, e por um ou mais filhos biológicos ou não, compondo uma família nuclear.
Como em todo mundo ocidental a família contemporânea brasileira também passa por mudanças em sua configuração. A maior escolarização da mulher, a entrada destas no mercado de trabalho e a queda do número de filhos, alteraram os arranjos familiares.
No século XXI, novos tipos de família estão sendo reconhecidos jurídica e socialmente, tais como monoparental ou homoafetiva.
A família monoparental é formada apenas por um adulto, seja o pai ou a mãe, que tem a cargo filhos menores de idade.
A família homoparental ou homoafetiva é composta por dois adultos do mesmo sexo e que possuem filhos biológicos ou não.
A família inter-racial e família intercultural cresceu com a imigração e as facilidades de transporte, há mais oportunidade de conhecer pessoas fora do seu grupo cultural e étnico.
“ A família tem, como função primordial, a proteção, tendo sobretudo, potencialidades para dar apoio emocional para a resolução de problemas e conflitos, podendo formar uma barreira defensiva contra as agressões externas ajudando a manter a saúde física e mental do indivíduo, por constituir o maior recurso natural para lidar com situações de estresse associadas à vida na comunidade” ( psiquiatra português dr. Adriano Vaz Serra).
Com o isolamento das famílias em casa, imposto pelo novo coronavírus, as mesmas se viram obrigadas a redescobrir novas formas de se relacionar e conviver, tudo fica mais intenso e desafiador, assim visão de “ proteção “ nunca foi tão precisa no que se espera da família. Com milhões de pessoas obrigadas a se isolar ou confinar dentro de suas casas, o real significado desse laço criado pelo homem nunca foi tão necessário. E abruptamente, ele foi colocado em xeque.
O que todos precisam (mas nem todos têm) é contar com o aconchego de um ambiente familiar afetivo essencial para preparar uma base de desenvolvimento saudável ao longo da vida. O que implica além do amor, limites, respeito, solidariedade, compreensão, direitos e deveres para todos.
A rotina do corre-corre, agora alterada, aumentou o tempo da presença uns com os outros; antes delegava-se o cuidado dos filhos, avós e outros à terceiros. Agora com o isolamento social as famílias têm que enfrentar os desafios para que, quando houver o controle da COVID-19 e todos forem livres novamente para sair por aí, a família possa ter revisto sua atuação e , se necessário, passe a adotar um novo modelo de relacionamento, com lições aprendidas, erros corrigidos, falhas perdoadas, acertos potencializados, laços refeitos ou ainda mais fortes.
A psicóloga e psicoterapeuta, Cláudia Prates, diz que não há segredo, mas sim, o desafio diante do convívio familiar implicado pelo isolamento, que pode ser ameno e até mesmo divertido. Para isso, é fundamental que se mantenha a hierarquia aliada ao respeito às diferenças de cada um. “A hierarquia observada entre os familiares (pais e filhos) evitará grandes desacordos e até mesmo a implantação de restrições severas (punições), já que garantirá a prática dos espaços individuais “. Ela alerta que “a base da boa convivência é a ordem para a manutenção de uma organização segura e flexível”.
É preciso manter a harmonia e a busca da calma neste momento.
Um abraço
Rúbia
Comments