Palavra de Deus - João , 51-58
“ Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente.”
Com esta afirmação, Jesus está se manifestando como enviado de Deus. Ele usa como sinal o pão, ou seja vida que se desfaz em favor dos outros.
Jesus Cristo, ao fazer-se pão, esse acolheu tudo quanto é humano. Descer e subir, são imagens para descrever o processo de transformação realizado por Jesus no interior de cada um de nós. Esta é a verdade, a revelação, a grande novidade deste Evangelho de João, que recolhe o que há de mais profundo da mensagem e da vida de Jesus: para dar alimento é preciso fazer-se alimento.
Nesse contexto é preciso dizer que o verdadeiro alimento é a vida mesma do ser humano. Jesus se fez alimento para os outros, saciou a fome de justiça e amor. Ele é alimento que gera vida nova para o mundo, vida oferecida e compartilhada. EU SOU O PÃO DA VIDA. Antes de partir o pão, Jesus parte-se a si mesmo, faz-se alimento. Toda a sua vida foi entrega. Sua vida inteira dá significado ao partir, compartilhar e repartir o pão da vida.
Porque Jesus é o “pão descido do céu” e porque compartilhamos sua vida, também nós podemos e devemos “descer” e sermos comunhão de vida. Neste sentido, todos somos pão de Eucaristia.
Todos somos Vida, todos somos “pão de vida”. Somos pão quando alimentamos o outro na esperança, no perdão, na acolhida, na compaixão, no compromisso. Sim, podemos multiplicar o pão da festa, da alegria, o pão da justiça, o pão da ajuda fraterna...
Obrigado (a) Senhor, pela Eucaristia que une o céu e a terra , abraça e penetra toda a criação. “Como o pão é um só e o mesmo, formamos todos um só corpo.” (1 Cor 10,14-22)
“Isto é meu corpo” nos diz Jesus. Ele poderia ter dito: “Esta e minha vida, esta é minha história, eu mesmo... O único recurso de que Jesus dispõe é seu próprio corpo. Não tem outra riqueza nem outro dom que oferecer. Esse corpo era sua vida feita doação.
Como é bom termos esta oportunidade de mais uma vez celebrarmos o “Corpo de Cristo”... que nos alimenta e nos faz re-pensar nossa postura diante do corpo do irmão e irmã que amam e sofrem ao nosso lado. Comungar o Corpo de Cristo e não comungar com o outro, é comungar a própria condenação. Creio, Senhor, mas aumentai a minha fé.